Você já parou para pesquisar como está se comportando o mercado imobiliário no Brasil? Enquanto muitas pessoas, que desejam investir ou fazer alguma movimentação nesse meio, buscam especialistas para saber projeções sobre o futuro do mercado imobiliário, poucas pesquisam a fundo as alterações ao longo dos anos.
Principalmente em uma época de incertezas da economia, muitos buscam perspectivas de melhoras do mercado, para descobrir qual será o melhor momento para comprar ou vender um imóvel e se, para o seu caso, vale a pena alugar ou fazer um financiamento. Por isso, a pesquisa profunda da flutuação do mercado é importante.
O nosso mercado imobiliário viveu, na última década, um grande dinamismo, passando por fases bastante distintas. Primeiro, acompanhando o ciclo econômico do país em alta, visualizamos um grande crescimento, conseguindo registrar o auge da prosperidade.
Entretanto, com a desaceleração da economia brasileira nos anos mais recentes, incluindo a crise e casos de corrupção que afastam a possibilidade de melhoria do mercado, entramos em uma curva descendente que alterou bastante as perspectivas do mercado. Então, o que esperar do mercado imobiliário?
Como momentos marcantes da história do mercado imobiliário, não podemos esquecer da crise imobiliária dos Estados Unidos, em 2008, que refletiu de forma negativa em todo o mundo. Foi justamente neste pós-crise que a economia brasileira começou a dar sinais de melhoria e o mercado imobiliário seguiu essa tendência.
Isso se dá pelo fato de uma economia fortalecida e estável apresentar melhoria na empregabilidade, na renda e na confiança do consumidor com o futuro, características muito importantes para propiciar o investimento em um imóvel, o que faz o mercado se aquecer.
Pesquisas do Banco de Compensações Internacionais, realizada com mais de 50 países, afirmam que a valorização imobiliária no Brasil foi de mais de 120% nos cinco anos que se sucederam ao período pós-crise de 2008. Nesse período também houve uma expansão significativa no crédito para aquisição de imóveis, e alta demanda acabou fazendo pressão para haver uma valorização dos preços dos imóveis.
Outro dado importante é o observado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a Abecip, que afirma que houve um incremento de 42% no volume de financiamentos para construção e compra de imóveis, quando comparamos 2011 em relação à 2010. Já o valor dos imóveis subiu 26%, de acordo com o Índice FipeZap.
Porém, a partir de 2013, a economia começou a dar sinais de desaquecimento e começou um novo cenário com uma curva descendente, principalmente em 2015. Nesse período se ouvia falar em supervalorização dos preços dos imóveis, gerando uma desaceleração para se adequar à demanda.
O agravamento na situação do mercado imobiliário brasileiro se deu pelo enfraquecimento na economia nacional, além das incertezas políticas, o que geraram juros mais altos e o crédito mais escasso. Mas, o que esperar do futuro? A verdade é que a economia brasileira ainda não foi estabilizada, o que acaba por influenciar de forma negativa no mercado imobiliário. A dinâmica econômica é um termômetro de como será o mercado imobiliário.
Caso a economia comece a se ajustar e o Governo consiga organizar não apenas as questões econômicas, como também as políticas, a tendência é que o mercado imobiliário consiga apresentar uma melhora ainda em 2017 e no início de 2018, já que uma economia com estabilidade consegue trazer mais confiança no mercado e crédito disponível.